05/10/2013

[RESENHA] Zetsuen no Tempest



Zetsuen no Tempest (Tempestade do Exodo)  é uma produção do estúdio Bones e Aniplex e foi ao ar entre outubro/2012 e março/2013, com 24 episódios. É baseado em um mangá de mesmo nomes escrito por Kyō Shirodaira e desenhado por Arihide Sano e Ren Saizaki. A história conta com diversas referencias as obras “A Tempestade” e “Hamlet” escritas por Shakespeare onde conceitos filosóficos são lançados sobre o ser humano.


Chegando em casa um dia, Mahiro encontra usa irmã, Aika, morta. As marcas indicam que ele foi assassinada e isso desperta em Mahiro um desejo sedento de vingança contra o assassino. Enquanto isso, em algum lugar do oceano, em uma ilha deserta, uma garota de cabelos vermelhos é abandonada dentro de um barril. Certo dia, enquanto seu melhor amigo Yoshino visitava o túmulo de sua irmã, quando foi tacado por uma mulher misteriosa.  Quando Yoshino pensava que seria morto, eis que Mahiro surge para salvar sua vida mas Mahiro parece diferente, parece ter poderes mágicos. Mahiro diz que conseguiu os poderes de uma maga que foi abandonada em uma ilha deserta. Nesse momento o Japão começa a passar um crise onde as pessoas são infectadas com um tipo de vírus que transforma todo ser vivo em metal e só quem possui magia estará imune. E são com estes poderes que Mahiro irá trás do assassino de sua irmã na companhia de Yoshino, e orientado pela garota maga do barril. 


Zetsuen no Tempest é uma história que poderia ser do CLAMP. Claramente o anime é divido em duas partes, sendo a segunda um salto de queda livre. A história correu bem no começo da série mas antes da metade já começava a decair. Se tivesse acabado no episódio 12 poderia dizer que a série teve um final fraco em relação ao começo da história e tudo que poderia demonstrar. A segunda parte, do 13 em diante, simplesmente é como se colocassem novos personagens para fazer a série.


A inconstância da personalidade desenvolvida entre as duas parte do anime é um dos principais pontos fracos. Mas em parte isso não é tão afetado entre os 4 personagens principais. Sim, Aika, mesmo morta tem seu papel na série através de diversos flashbacks, e já que o ponta pé inicial é devido a sua morte. A inconstância acabará por se encontrar nos diversos personagens secundários que acabam servindo apenas de enfeite na segunda metade do anime.


Se na primeira parte temos um tom mais escuro, mais adulto na história, a segunda parte deslancha para a comédia para tentar agradar um publico maior, na minha opinião, com personagens novos que são muito mal desenvolvidos se comparados com o que a história pede e com os já antigos coadjuvantes mostrando sua “verdadeira” personalidade.


Falo que a história podia ser do CLAMP pela sinopse mesmo. Há algo que fica sugestivo entre os dois protagonistas o tempo todo mesmo com a presença das duas garotas protagonistas. Além dos personagens secundários que também incitam algum relacionamento mas que nada fica muito claro.


Na parte técnica, tudo sempre com a mesma qualidade do estúdio Bones mas nada de inovador. Animação básica. O que é interessante, vale lembrar, é até mesmo como houve uma mudança nas cores entre as duas metades do anime. Na primeira algo mais escuro, pálido, o que mostra o verdadeiro terror da Sindrome do Aço Negro, nome da doença que citei na sinopse. Já a segunda é mais colorida, mais viva, combinando com o clima colegial da história.


As musicas não apresentam nenhuma revolução. A primeira abertura é toda cantada em inglês mas este não é o primeiro anime a ter uma abertura assim. E penso que muito menos será o ultimo. A outra abertura e musicas de encerramento como sendo cumprindo os seus papeis também combinado com cada momento da história.


Zetsuen no Tempest não é um anime todo ruim. Apenas o choque na transição entre as fases é que foi muito bruto. Fora isso, as citações de Shakespeare, a história na primeira fase, e alguns episódios da segunda, com o núcleo principal, valem a pena. O anime tem um traço bonito. Um pouco comum é verdade mas ainda assim é bonito de se ver principalmente as meninas (e os homens de também, ok.).

Nenhum comentário:

Postar um comentário